7.4.07

Capa

Epígrafe

“Conto-vos, pois, uma história que me hão contado.

Escrevo para agradar-vos:
junto aos meus escritos o quanto posso de moral,
para que vos sejam úteis;
junto-lhes as belezas da literatura,
para que vos deleitem.”


Teixeira e Souza,
em Carta a Emília que serve como proêmio,
em “O Filho do Pescador”, 1843.

Agradecimentos

A Nica e Fafá (e tantos), pelo estímulo;
a Márcia Hortência, pela produção executiva;
a Milton Alencar, Secretário de Cultura de Cabo Frio,
pela autorização de uso do texto.

Prefácio

Ou, Proêmio, ao modo de então...

O conto “O Filho do Pescador da Ilha de Cabo Quente”, que aqui se publica, foi o vencedor, entre 165 concorrentes, da categoria Contos do Concurso Literário Teixeira e Souza 2007, promovido pela Secretaria de Cultura de Cabo Frio, estado do Rio de Janeiro, Brasil.
O prêmio tem como patrono o escritor Antônio Gonçalves Teixeira e Souza, nascido em Cabo Frio, filho de um negociante português branco e uma brasileira negra, e autor de “O Filho do Pescador”, o primeiro romance publicado no Brasil, em 1843, como livro e, mais tarde, já na 4a edição, como folhetim, na revista A Marmota Fluminense, sempre editado por Paula Brito, mulato como ele.
Em homenagem a Teixeira e Souza, nascido a 28 de março de 1812, a Prefeitura de Cabo Frio, através da Secretaria de Cultura, promove anualmente, no mês de março, junto às comemorações do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, a Semana Teixeira e Souza, que inclui, a cada dois anos, o Concurso Literário.
O conto premiado trata de relações humanas, as mais básicas, que parecem do passado, mas, presentes no presente, projetam nosso futuro...

Com vocês, “O Filho do Pescador da Ilha de Cabo Quente”...

O Filho do Pescador...

O Filho do Pescador da Ilha de Cabo Quente

Aguinaldo Araújo Ramos

“A história é quase a mesma. O tempo é que é outro.
Mas também poderia ter acontecido no século XIX.
Mudou o ambiente, mas podia ser em qualquer lugar.
Em Copacabana, por exemplo, se ainda existisse...
Ora, Teixeira e Souza não teria contado melhor?”
[de um indignado leitor da época]


Um dia, Lora apareceu no alto da ladeira, protegendo, com certo charme, os olhos. Via-se que era náufraga de histórias escusas e escolhas obscenas. Talvez, de um cruzeiro marítimo que se aliviara de contra-pesos... Típica personagem de folhetim, mantinha a pose. Arrastou o dedo elegante pelo queixo arredondado, observou a gota virar fumaça no ar: – “O dia vai ser quente!”. Agtos, o filho do pescador, tirou por um instante os olhos do mar. O que bastou para que, teimosamente, se fixassem na repentina sereia. Sentiu aquele calorão... Certamente passaria dos 45 graus, o dia. – “Verão é assim, tal qual amor: começa quente!...”, respondeu, analítico. – “Sei, sinto aqui por dentro...”, ela anuiu, desmilingüindo-se elegantemente.
Agtos ofereceu uma aba de sombra, puxada da parede de sua casa de plástico. Olhou uma última vez na direção da Ilha de Búzios. O mar, chumbado, era de um azul enorme. Relanceou o olhar à sua volta. Crestava-se, quieta ao sol, a Região das Ilhas, a antiga Região dos Lagos... E, logo ali ao lado, brilhava a loura Lora... O dia seria quente!...
O receptor estava ligado e mudo: o Controle de Navegação não tinha notícias. O barco de seu pai sumira dos radares. – “Aquele banheira não agüentaria uma tempestade de três dias...” Lora ouviu a história, ofereceu apoio: – “O que você quiser...” Arrepiou nele, coluna acima, um calafrio. Até bom, era tanto o calor!...
E o velho, sumido... Não voltaria mais?... Jónson era dos últimos pescadores artesanais da Ilha do Cabo Quente. Gostava de sair com o barquinho, buscar (quando arrumava freguês, alguém com saudade de segurar) os peixes que escapassem às gigantescas usinas pesqueiras oceânicas. Velho teimoso! Pena que não duram para sempre...
Como que se desviando dos raios mortais do sol do meio-dia, Lora, remexendo o corpo torneado, chegou à sombra. – “Eu espero com você...” Agtos se emocionou, fez que tirava o suor dos olhos. – “Tá demais essa luz! Entra...”, ofereceu-lhe a casa. De algum jeito, Lora ajudaria... – “Ele volta.”, ela tentou animar. Agtos navegava no real: – “Difícil escapar deste monstro de mar...”.
O velho Jónson não voltou. Lora, disponível, foi ficando... Agtos se acostumou com a troca. Também, com aquele calor!...
Aliás, a Ilha do Cabo Quente, nesse começo de 2107, merecia o novo nome. Por volta de 2085, o mar foi tomando o caminho do Peró, até que completou o cerco. Criou uma ilha, com a cidade, protegida, dentro. Agtos chegou a ver as ondas arrebentando, a pancadas, as casas de luxo, e desfazendo ruas a enxurradas. Muito antes, nas violentas ressacas da década de 2070, desfizera-se a antiga lagoa de Araruama. As ondas levaram de início, da restinga de Massambaba, a parte próxima à atual Ilha do Arraial do Cabo. Depois, o restante. Em lugar das Dunas, um largo canal separava, agora, as duas novas ilhas.
Contando a Lora, Agtos ainda zonzeava: – “Pra onde terá ido toda essa areia? Para a África?...” Lora, entre outras maneiras de dar, dava de ombros... Desinteressava-se desses assuntos antigos, gostava mesmo de coisas (e gente) novas. O clima continuava esquentando...

...da Ilha de...

Quente mesmo, a Ilha do Cabo Quente veio a ficar nos últimos dez, quinze anos, depois do sumiço do vento. – “Mudou tudo!... Cadê as correntes marítimas?... O Sudoeste, frio, sumiu. O ar quente tomou conta!”, as explicações doíam na cabeça desgrenhada do ignaro Agtos. Ela entendia: – “Não fosse isso, seu pai voltaria.” Agtos confirmava: – “Ele sabia tudo de mar!” Sabia... O mar, nos últimos anos, tinha mudado demais. A cidade, também...
Lá de cima, apertando os olhos, Agtos acompanhava a azáfama dos Guardiões do Dique. Contou a Lora, com filial orgulho, como Jónson trabalhou nas primeiras turmas, como ajudou a fazer o (depois inútil) dique do canal de Itajuru. Repentinamente assoreado, o canal teve que ser aterrado e dividido em lotes. Foi quando decidiram construir o Grande Dique, para proteger a parte central da cidade. Para o outro lado, a cidade foi subindo morros na direção das desaparecidas praias do Peró e das Conchas, ondulando seu mar de esfarrapadas casas de plástico reciclado. Uma parte do povo conseguiu lugar, gente que o mar expulsou de São Cristóvão, Palmeiras, Caiçara, Braga... Agtos foi um que se ajeitou no Morro da Antena, antigo Morro do Telégrafo. Os poderosos construíram mansões acima dos costões da ex-Praia Brava, ponto mais elevado da ilha. A maioria, assustada, partiu para as serras (os mais práticos), para Minas (os mais esquentados), para Brasília (os mais esotéricos).
Luta árdua... Dali podia ver o esforço dos trabalhadores para completar o acréscimo de 50cm nos 30km de diques da parte baixa. Faltava pouco, mas podia ser tarde demais: a previsão era de furacões pesados em 2107!... Era melhor acreditar... Tantas cidades invadidas por furacões, com o rompimento de diques, a começar por Nova Orleans, mais de cem anos atrás... Tantas outras, invadidas pela subida do mar, pelo avanço das águas... O desabamento de Veneza, a inundação de Amsterdam... Triste...
Forasteira, Lora ficou nos seus possíveis confortos. Agtos, convocado, apresentou-se aos Guardiões. Por um estirão de dias, encarou a tarefa de reforçar o primeiro molhe, à frente da mureta da antiga praia do Forte. Pedroz, amigo de seu pai, trazia notícias de Lora: – “Trata a todos muito bem. É muito dadivosa...”
O velho Pedroz guardara no preto da pele todas as dobras que reflexos de luz conseguem construir em um rosto... Herdara de avô distante, dos tempos do sal (e de mais longe, de um sofrido povo escravizado), aquela vida trabalhosa, sempre a mando de alguém. Mas também o espírito quilombola!... Mais de 90 anos e ainda vinha, todo dia, animar os Guardiões: – “Sem se resignar!... Vamos cavucar, gente!... Nasci e cresci na Rasa, conheci essa cidade feliz, cheia de turista. Ôxi, vi cada festa de Carnaval! O mar subindo, é que dificultou... Essas beiras de lagoa, as beiradas de praia, até os campos dos Tamoios: as ondas engoliram tudo!... Ah, mas, agüenta!... O dique da cidade agüenta, gente! Qüenta! Firme aí, Agtos!...” Este especulava, se abanando: – “Difícil saber de onde veio tanta água...” Pedroz desconfiava... – “Ué, e não derreteram o pólo Sul e o pólo Norte?” Agtos, como se não visse as escalavradas ruínas do Forte de São Mateus, devolvia uma gota de esperança: – “Ah, a Antártida, não!... Lá ainda tem um bom pedaço de gelo.”
É, mas a esperança de ficar com Lora, essa, diminuía... As notícias eram cruéis (ou mentirosas?). Que passara a noite ajudando Floril, o engarrafador de água, a verter os seus líquidos. Que teria segurado (em público!) a arma de Mark, no plantão do bem provido policial. E que agora andava com Emilitão, o bonitão do pedaço, fazendo-lhe cabeça (Agtos se confundia: ela, seria cabeleireira?...), tronco (fisioterapeuta?...) e membros (ou pu...silânime?...). Até que disseram (aí, ele achou demais!) que Lora seria destaque no Flor do Enrocamento, o bloco da peãozada do dique. Enquanto isso, ele, Agtos, que a resgatara de um duvidoso passado, passaria todo o Carnaval carregando pedra...

Ah, armou!... Não só o cimento da obra, antecipando-se, como também uma rápida e providencial escapulida carnavalesca. Repassou umas rações, prometeu umas tantas futuras cotas de água, até que afinal convenceu Quedão, colega dos mais deprimidos, a trocar a folga. Vestiu uma camisa não listrada, um capote desbotado, um chapéu de feltro branco, uma barba postiça de Papai Noel e saiu por aí... Fantasiado de Estátua de Sal, ninguém, nem mesmo Lora, o reconheceria!

...Cabo Quente

Nessa época, o Carnaval da Ilha de Cabo Quente ainda acendia suas luzes. A maior delas, sempre, o holofote do sol... O céu, coadjuvante, costumava vir de Azul Profundo de dia, e de Estrelas Faiscantes à noite. E, qualquer (e aonde quer) que fosse a crise, sempre baixava à terra, nessa época, uma turistada desorientada. Agtos precisava ver, com esses olhos que a terra (ou o mar...) haveriam de comer, em que banda, afinal, Lora tocava!... Ou, talvez (ah, esses masoquismos!...), quem, afinal, tocava na banda de Lora.
Entre astronautas e marcianos, tirolesas e trogloditas, beijo na boca e mão nisso ou naquilo, Agtos encontrou, na Assunção, a desmedida Lora. Quando ela já se derretia à frente de sua Estátua, Agtos retirou tudo (a fantasia...) e gritou: – “Te peguei!”

Pois não é que Lora já ia pegar também?... – “Agtos! Você aqui? Assim, todo enrijecido, quase uma estátua?!...” Agtos dispensou apelos românticos e acusou: – “Sei de tudo! Você abandonou o meu lar!...” Ela, reconhecendo: – “Exatamente porque não era o meu...” Momento de tensão... Pausa dramática... Quase silêncio, não fosse Carnaval... Mas a orquestra sempre toma providência e, nesse instante, atacou de “Alalaô, ô, ô, ô, ô, ô, ô!... Mas, que calor, ô, ô, ô!...
Os dois, ali, parados. Muito a dizer... Porém (ai, porém!... , que é aí, no porém, que dói...), do fundo do bloco uma voz ecoou: – “Olha o furacão aí, gente!...” Quê?... Furacão?... No Carnaval?... – “Oba!”, chegaram a se animar, uns e outros... Realmente, lá estava, no alto do Morro da Guia, a bandeira rubro-negra: se não o símbolo, o aviso de um furacão!
Para Agtos e Lora (e para a cidade toda!), hora de decisão!... Tinham pouco tempo!... Ela rasgou a fantasia, resolveu contar tudo: – “Não queria te trair! Mas, é que não resisto... Esses refrigerantes, esses chocolates, tudo encharcado de hormônios, me deixam assim...” Agtos precisava voltar ao dique. O serviço estava incompleto, um furacão se aproximava. Talvez não se vissem mais... Decidiu ser magnânimo: – “Lora, só dá tempo mesmo pra isso: eu a perdôo!... Preciso voltar à minha trincheira!...” Lora sacou da manga rasgada de sua colombina sua última cartada: “Não, venha comigo! Descolei vaga de faxineira num transatlântico. Tem uma pra você, de carregador de piano. Ou, de bagagens. Ou, de seja lá o que for...”
As casuarinas farfalhavam, escandalosas, buscando no ar a água doce que sumira do solo. O sol já fechara suas persianas, abandonara o salão. O céu trocara a fantasia de Carnaval pela de Halloween, uma pista do que vinha por aí... Lora fez um último apelo (ela tinha esse lado dramático...): – “Vamos embora! Não há mais lugar para nós aqui!” Agtos olhou à sua volta: do bloco, só migalhas... Ela reforçou: – “Vem! Daqui a pouco não haverá nem mesmo o lugar...”
Agtos indignou-se: – “Este sempre foi o meu lugar!... Seja frio ou quente, não me importa!... É só questão de regulagem!...”

Lora olhou bem nos olhos dele, fez seu muxoxo preferido e, com um sorriso cambaio, encandiu: – “Agtos, vo-cê-não-es-tá-re-gu-lan-do-bem...”
E regulando bem o rebolado, foi-se, para nunca mais voltar...
Agtos (seja esse, ou não, um final feliz...) ficou.

Referências

Uma curta e objetiva biografia de Antônio Gonçalves Teixeira e Souza pode ser lida em http://www.portalafro.com.br/teixeiraesouza.htm.

Quanto à história do romance, o artigo “O romance-folhetim no Brasil: uma abordagem de ‘O Filho do Pescador’ (1843), de Teixeira e Sousa” de Vanderléia da Silva Oliveira reproduz parte do prefácio de Sérgio Buarque de Hollanda à mais recente edição do livro (Rio de Janeiro: Artium Editora, 1977), que conta:
(...) é a história menos de Augusto – o filho do pescador –
que lhe dá nome, do que de Laura, mulher de alma complexa, infância descuidada e solta, e beleza raríssima, como convém a uma heroína romântica. (...) [Ela] naufraga nas costas do Rio de Janeiro. (...) Laura é salva por Augusto, auxiliado de um escravo. Levada para casa do pescador na praia de Copacabana, acende no rapaz descabelada paixão...”


E complementa a autora:

“Após o casamento inevitável, Laura acaba se interessando por outros homens. Sucedem-se crimes – incêndios e mortes. Augusto é dado como morto, após ser envenenado pela mulher, fato que se revelará falso posteriormente, pois ele retorna e passa a acompanhar todos os passos da mulher (o envolvimento com Florindo, com Marcos e com o formoso caçador, Emiliano, mais tarde, revelado como seu filho). Ao final, ele tira o disfarce (capote, chapéu e barba), relata toda a infância de Laura, revelando seu passado, perdoando-a.”
Em relação às condições ambientais da época retratada, 2107, serve como referência o noticiário atual.

Registros

Os jornais de Cabo Frio noticiaram assim, em suas versões digitais, o resultado do concurso:

1) Jornal Primeira Hora, 28/03/2007 (http://www.jornalprimeirahora.com.br/cabofrio/noticias.asp?idn=11343)

Prefeitura divulga vencedores
do Prêmio Teixeira e Souza de Literatura

Em uma solenidade realizada na noite da última segunda-feira, dia 26, foram divulgados os ganhadores do Prêmio Teixeira e Souza de Literatura nas categorias conto, poesia e dramaturgia.
Ao todo, foram 498 trabalhos inscritos vindos de 17 estados brasileiros e um do exterior. As três cidades brasileiras que apresentaram maior número de inscrições foram Cabo Frio (131), São Paulo (37) e Rio de Janeiro (31).
A premiação foi assistida por cerca de 300 pessoas no Teatro Municipal, que aplaudiram Aguinaldo Araújo e Cicínio Francisco, que ficaram respectivamente com o 1º e 2º lugar na categoria conto. Antes da cerimônia de entrega, ocorreu a apresentação do esquete O Pescador de Pérolas, de César Valentim. (...)
Fotógrafo nos últimos anos, Aguinaldo se formou em ciências sociais pela UFRJ e acabou virando escritor (...): - Queria falar da crise que estamos passando no meio ambiente e que no futuro os problemas serão ainda maiores. Tinha os personagens na cabeça, pesquisei na Internet sobre o autor e conheci textos como o Filho do Pescador. Escolhi este e adaptei minha estória, que ficou ambientalizada em 100 anos no futuro. Há uma memória a ser preservada e é bom que a Prefeitura faça mais concursos como este para estimular a produção literária. (...)


2) Jornal de Sábado, Lucas Müller - 30/03/2007 11:43:00 - http://www.redelitoral.com.br/jornaldesabado/detalhenoticia.asp?noticiaid=4315

Nenhum cabofriense vence no Prêmio de Literatura de Cabo Frio
Apesar de o Prêmio Nacional de Literatura Teixeira e Souza ser realizado na cidade de Cabo Frio, e ter recebido de seus conterrâneos o maior número de inscrições, com 131 trabalhos, nenhum cabofriense foi agraciado com um lugar no pódio nas três categorias – Poesia, Conto, e Dramaturgia. Ao todo foram inscritos 498 de 17 estados brasileiros e Portugal. Depois de Cabo Frio, o maior número de obras vieram das capitais São Paulo, com 37, e Rio de Janeiro, com 31 trabalhos.
O concurso premiava ao todo R$ 15 mil nos três primeiros lugares de Poesia e Conto, e um prêmio único para Dramaturgia. Os vencedores foram: > Poesia: 1º - “Entrega” por Domingos Freire, de Ilhavo – Portugal; 2º - “Tarefa” por Sérgio Bernardo, de Nova Friburgo (RJ); e 3º - Mosaico Português de Leitura” por José Carlos Peres, de Avaré (SP). > 1º - “O Filho do Pescador da Ilha de Cabo Quente” por Aguinaldo Araújo, do Rio de Janeiro (RJ); 2º - “Tereza Morena” por Cicínio Mota, de Arraial do Cabo (RJ); e 3º - “Com Xico e Manoel” por Famando Baggio, de Porto Alegre (RS). > Dramaturgia: “Flor de Maio” por Alair Alves, do Rio de Janeiro (RJ). Segundo informou Milton Alencar, secretário de Cultura, os interessados em lerem as obras vencedoras deste ano devem ir ao Charitas (Av. Assunção, nº 855, Centro) e lê-las no local. “Para o ano que vem estamos programando em juntar todas obras do cabofriense Teixeira e Souza e lançá-las em uma coletânea, e uma outra com os vencedores de 2005 e deste ano”, acrescentou o secretário. Por ser bienal, o próximo prêmio de literatura será realizado apenas em 2009.

Contracapa


Neste livri, que apresenta o conto "O Filho do Pescador da Ilha de Cabo Quente",
o autor, Aguinaldo Araújo Ramos,
ambienta uma história antiga e romântica
em um drama futuro e aparentemente definitivo...

Este livri tem como referência, o homenageado pelo Prêmio, o escritor Teixeira e Souza,
Suposto retrato de Teixeira e Souza

sucesso de público no correr do século XIX, autor de “O Filho do Pescador” (1843), o primeiro romance brasileiro, parte de vasta obra, que compreende ainda os romances Tardes de um Pintor ou As Intrigas de um Jesuíta (1847), Gonzaga ou A Conjuração de Tiradentes (1848-1851), Maria ou A Menina Roubada (1852), A Providência (1854), As Fatalidades de Dois Jovens (1856); os poemas Cânticos Líricos (1841-1842), Os Três Dias de um Noivado (1844), A Independência do Brasil (1847-1855); as peças Cornélia (1840) e O Cavaleiro Teutônio ou A Freira de Mariemburg (1855); e as novelas Jerônimo Corte Real, crônica do século XVI, O Aniversário de Dom Miguel em 1825 e Religião, Amor e Pátria, as três de 1839.

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A série
LIVRI
O livro livre na Internet
(clique com o lado direito do mouse e escolha "abrir nova janela")
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o primeiro livri, fotos e textos;
um poema-romance, em fotos e textos;
um passeio premiado pelo bairro mais charmoso do Rio;
incluindo o finalista do Contos do Rio/Prosa & Verso/O Globo, 2006;
incluindo o 5o. lugar no
XVI Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho, 2006;
com o conto vencedor do
Concurso Literário Teixeira e Souza (Cabo Frio-RJ, 2007).
a história do projeto de livro, fotos & textos; 
8 > Esses Sexos... 
para os que gostam de sexo e também para os que praticam.
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Outras publicações na Internet >
1 > Vida Lida o que leio da vida e o que lêem de mim

2 > A série A História bem na Foto,
com fotos e depoimentos
de grandes fotojornalistas brasileiros.

3 >
A Foto Histórica
(e suas histórias) no Brasil
 
Projeto contemplado com o
Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia - 2010
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E as publicações em livro:
apresentando o livro "Apoena – o homem que enxerga longe

2 > Rio de Amores 
livro de contos com dois bons e justos motivos:
o
amor e o Rio de Janeiro

3 >
O Jogo do Resta Um
Romance sócio-antropológico
quase histórico, pouco político,
meio filosófico, muito econômico

E, a partir de 2013, pela

4 > "2112 ...é o fim!"
O Brasil caindo nos crônicos contos de um futuro mal passado...    
(uma versão enxuta de Rio de Amores)
Reminiscências e elucubrações sobre a arte e a prática do fotojornalismo